segunda-feira, 30 de novembro de 2020

130 ANOS DA FREGUESIA DE ABRAVESES (1890-2020)

Comemoram-se hoje 130 da criação da Freguesia de Abraveses instituida em 30 de Novembro 1890. Falar da freguesia de Abraveses para mim e falar com um conhecimento profundo pois ao longo de mais de 25 anos procurei conhecer a sua historia e excrevi um conjunto de textos que ajudaram a revelar a sua historia. ////////////////////////////////////////////////////////////////////// FREGUESIA DE ABRAVESES – TEXTOS ESCRITOS ///////////////////////////////////////// Ao longos dos anos escrevi vários textos sobre a freguesia de Abraveses sobre vários temas: ///////////////////////////////////// Actas • Livros de Actas da Junta de Freguesia de Abraveses 1912 a 1990 – Notas de Leitura escrito em 1995 Cemitérios • Cemitérios da Freguesia de Abraveses de 1857 a 1992 escrito em 1995 Censos • Freguesia de Abraveses – censos de 1864 a 2011 escrito em 2011 -  I República Freguesia de Abraveses as difíceis relações entre a República e a Igreja entre 1912 a 1926 escrito em 2013 Eleições • Ato eleitoral para a Junta Freguesia de Abraveses em 1954 escrito em 2019 Registos Paroquiais • Registos Paroquiais de Abraveses ente 1857 a 1911 escrito em 2019 II República • A Freguesia de Abraveses do Enorme Crescimento á Divisão entre 1926 a 1974 escrito em 2020 Só me falta escrever sobre o período da III República a partir de 1974, mas penso que vai ter que esperar por 2024 quando se comemorar o cinquentenário da revolução de 25 de Abril 1974./////////////////// Nota 18 do caderno de notas para a historia de Pascoal Volume VIII em 8 Abril 2020//////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Outro motivo foi que fui eleito democraticamente entre 1993 a 2001 para servir a freguesia e os cidadãos da freguesia o que me permitiu fazer conhecer muito bem a freguesia de Abraveses. A feguesia de Abraveses em particular a sua Junta de Freguesia ao longo dos 130 tem uma historia rica que merece ser divulgada e foram as gentes de Moure de Carvalhal, Povoa de Abraveseses, Santiago (1890 -1958), Esculca (1890-1958), Aguieira (1890-1958), Abraveses, Santo Estevão e Pascoal que ajudaram a construir este 130 anos de historia de formar a dar gosto viver na Freguesia de Abraveses. Delfim Almeida

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

NOTAS DE LEITURA DO LIVRO "MINERAÇÃO DE VOLFRÂMIO E ESTANHO NO CONCELHO DE VISEU 1884 A 1986

O livro Mineração de Volfrâmio e Estanho no concelho de Viseu 1884-1986 é um estudo exaustivo sobre a exploração destes minérios no concelho de Viseu nos séculos XIX e XX. Da leitura deste livro retirei muitas notas para o Roteiro Bibliográfico para a História de Pascoal das páginas 102 a 107 sobre a freguesia de Abraveses e das páginas 159 a 164 sobre a freguesia do Campo de Madalena. Retirei informação sobre a freguesia do Campo de Madalena pois o Monte de Santa Luzia pertence ás duas freguesias, Abraveses e Campo de Madalena e como na base e nas encostas do Monte de Santa Luzia houve muitas minas sobretudo de volfrâmio para não se perder a informação retirei dados das duas freguesias. O livro descreve com muito pormenor a exploração de volfrâmio e estanho na freguesia de Bodiosa as minas e a separadora. Faz ainda referência a existência de uma separadora de minério ao fundo da avenida da Bélgica (sentido Abraveses-Viseu) o para mim foi um dado novo pois nunca tinha ouvis to falar ou lido algo sobre essa separadora. O autor divulga uma fonte primária nova que é o livro das minas de 1884 a 1912 existente no arquivo municipal da Camara Municipal de Viseu. Foi uma leitura agradável está de parabéns o seu autor Fernando Vale. A leitura deste livro só foi graças a um empréstimo do amigo Paulo Galveias ///////////////////////////////Nota incerida no cadeno de notas para a historia de Pascoal (cnhp) volume VIII nota 24 em 15 Novembro 2020

domingo, 26 de julho de 2020

NOTAS DE LEITURA DO LIVRO "A MEMÓRIA DAS ÁGUAS"

O livro A Memoria das Águas – Fontes, Memorias, Lendas e Outras Histórias Perdidas da Freguesia de Viseu – da autoria de João Ferreira Fonseca e Margarida Ferreira Santos editado pela freguesia de Viseu em julho 2020 permite-nos uma viagem através do texto e fotografias pelas fontes da cidade de Viseu. Com uma apresentação gráfica moderna e um bom texto com boa pesquisa histórica permite conhecer as fontes da cidade como a fonte de Santa Cristina; fonte Regueira, fonte das três bicas e fonte largo Pintor Gata, a fonte São Francisco, a fonte da Ribeira, as fontes do Fontelo e a fonte do Rossio em frente á igreja dos Terceiros já desaparecida. Da leitura do livro retirei uma nota para o Roteiro Bibliográfico da História de Pascoal nas páginas 74 e 75 sobre o convento São Francisco do Monte. A leitura deste livro foi possível graças ao empréstimo do amigo Paulo Galveias. //////////////////////////////////////////////Nota publicada no caderno de notas para a história de Pascoal (cnhp) volume VIII com o numero 23 em 25 de julho 2020

DOCUMENTOS E FOTOGRAFIAS SOBRE O MONTE SANTA LUZIA, PARA UMA EXPOSIÇÃO NO MUSEU QUARTZO

Na companhia do amigo Paulo Galveias desloquei-me a EON – Indústrias criativas na rua D. Duarte em Viseu onde falei com o arqueólogo Pedro Sobral e o historiador Carlos Alves onde me foi pedido se tinha e podia ceder fotografias e documentos sobre a exploração do quartzo no Monte de Santa Luzia para uma exposição sobre a exploração do mineral quartzo nas décadas de 60 e 80 do seculo XX no Monte de Santa Luiza a inaugurar em setembro 2020 no Museu do Quartzo. Respondi que sim e que faria chegar o que tenho no arquivo contemporâneo para a historia de Pascoal (achp) e no roteiro bibliográfico para a historia de Pascoal (rbhp) e fotografias do arquivo fotográfico de DCRA. Depois da escolha dos documentos por parte de Carlos Alves no dia 9 de julho 2020 deixei na EON o que me foi pedido. O material solicitado foi: Arquivo contemporâneo 5.09.03 – Projeto da CMV para recuperação do Monte de Santa Luzia 5.09.6 a 13 – Copia do livro de atas comissão festas Santa Luzia 1984/1994 5.09.101 – Capela Santa Luiza anos 30 a 2008 5.09.102 a 126 – Copia do tombo dos baldios de Viseu de 1724 5.21.02 – atas da junta freguesia de Abraveses 1934 a 1952 – ata de 1938 5.23.153 – Queixas da população de Pascoal contra a poluição vinda do Monte de Santa Luzia em 1983. Roteiro bibliográfico Revista da feira de São Mateus ano 1983 – pag. 59 Revista da feira de São Mateus ano 1991 Jornal da Beira de 20-01-1994 – construção de albufeira no monte Fotografias C1- nº 29/30/31/32/44/45/46/51 Deixei os documentos no dia 9/7/2020 e recolhi os no dia 11/07/2020. Compete agora aos organizadores da exposição utilizar se assim o entenderam os utilizarem ou não os documentos pedidos. Este encontro com os responsáveis da EON valeu a pena pelo contatos trocados e as conversas sobre o monte de Santa Luiza. //////////////////////////////////////////////////////Nota publicada no caderno de notas para a historia de Pascoal (cnhp) volume VIII com o numero 22 em 13 Julho 2020

sexta-feira, 12 de junho de 2020

EDUARDO RODRIGUES SANTOS - UM PASCOALENSE NO CONTEXTO MILITAR DA 1ª REPUBLICA

HISTÓRIA DE PASCOAL E, SEUS APONTAMENTOS REDESCOBERTOS: EDUARDO RODRIGUES DOS SANTOS, NATURAL DE PASCOAL, TENDO CUMPRIDO SERVIÇO MILITAR, NO QUARTEL DE NELAS-VISEU, (VIAGEM ESTA, QUE FAZIA SEMPRE A PÉ, POR ATALHOS), ATÉ, 21 DE MAIO, DE 1916. COMO 2.º CABO Nº. 210, DO 1.º ESQUADRÃO DE CAVALARIA Nº.7, EM CASTELO BRANCO. (6 DIAS DE DETENÇÃO, (POR NÃO MANDAR FAZER A LIMPEZA DA CAVALARIÇA). MESMO JÁ SENDO CASADO E, COM UMA FILHA DE NOME, GUELHERMINA RODRIGUES DOS SANTOS, METEU REQUERIMENTO PARA NÃO SEGUIR O SERVIÇO MILITAR. NO ENTANTO, FOI CHAMADO PARA ANGOLA. NO DIA 19 FOI PROMOVIDO A 1.º CABO E, NO DIA 20 DE SETEMBRO DE 1917, EMBARCOU PARA ANGOLA, FORTALEZA DE S. MIGUEL, DESEMPENHADO POR ALGUM TEMPO A FUNÇÃO DE, CARCEREIRO. A SUA FILHA GUELHERMINA, FALECEU NO DIA, 07 DE JANEIRO DE 1919. TEVE FUNERAL NO DIA 08 DE JANEIRO E, NO DIA 8 DE JANEIRO DE 1961, NASCIA O NETO DE EDUARDO, (EU FERNANDO), QUE JAMAIS O IRÁ ESQUECER. COMO COSTUMO DIZER: (HÁ COINCIDÊNCIAS, QUE COINCIDEM, OUTRAS NEM POR ISSO). "HERDEI" UM COLETE, QUE AINDA O TENHO NA MINHA POSSE, QUE CUSTOU 400 REIS, EM 12 DE DEZEMBRO DE 1916. COMO CONSTA DA SUA CADERNETA MILITAR, (NA MINHA POSSE), O TEMPO TOTAL DE TROPA, PERFEZ 4 ANOS, APENAS, COM OITO DIAS DE DETENÇÃO, (EM ANGOLA), POR DEIXAR
IR BEBER UM COPO DE VINHO A UM RECLUSO, QUE ESTAVA À SUA GUARDA. (MAIS PORMENORES, NAS FOLHAS PUBLICADAS). FeRoFe-12.06.2020

sexta-feira, 15 de maio de 2020

ESCAVAÇÕES NO CASTRO SANTA LUZIA - 2

Ao remexer nas caixas das fotografias particulares encontrei um conjunto de 17 fotografias que eu fotografei de escavações no Castro de Santa Luzia em 1984. Esta fotografias mostram o trabalhos dos arqueólogos e os seus instrumentos de trabalho e três locais onde foram realizadas sondagens.
//////////////////////////////////////////// Nota 21 publicada no caderno de notas para a historia de Pascaol (cnhp) volume VIII em 15 de Maio 2020

ESCAVAÇÕES NO CASTRO SANTA LUZIA - 1

sábado, 9 de maio de 2020

MONTE DE SANTA LUZIA - Critica a uma publicação na rede Facebook

Uma publicação sobre o Monte de Santa Luzia no grupo “Encantos de Viseu” na rede Facebook com o titulo “A propósito da Albufeira do Monte de Santa Luzia” em 30 de Abril que incorria em vários erros fiz um comentário ao texto em causa que levava os leitores a ficarem mal informado e os erros eram: a imagem de São Gens ter vindo para Pascoal e as inquirições gerais de D. Afonso III serem do século XVIII entre outros. A critica levou-me a publicar a na já referida página um texto meu com o nome Capela de Santa Luzia do Monte para melhor esclarecimento dos visitantes da página “Encantos de Viseu” //////////////////////////////////// Nota publicada no caderno de notas para a historia de Pascoal (cnhp) com o numero 20 no volume VIII em 1 maio 2020

quinta-feira, 30 de abril de 2020

CAPELA SANTA LUZIA DO MONTE

A Capela de Santa Luzia do Monte, situa-se no Monte de Santa Luzia – na localidade de Pascoal, no limite da paróquia de Abraveses com a paróquia do Campo de Madalena, sendo de destacar que em 1758 quando ainda não existia a paróquia de Abraveses, já a Capela de Santa Luzia do Monte fazia parte da paróquia anexa a Sé de Viseu e a qual pertenciam também Pascoal, e outras localidades como: Quintela de Orgens, São Martinho de Orgens, Travassós de Orgens, Orgens, Vildemoinhos, Balça e Aguieira. A paróquia anexa a Sé de Viseu “principia pela Capela de Santa Luzia e finaliza junto á catedral desta cidade... Esta capela e ermida de Santa Luzia está colocada como se disse no mais alto cume deste empinado monte, onde se faz um plano bem capaz de nele se formarem três regimentos de infantaria para a parte nascente ao meio dia” (Oliveira, João Nunes – Noticias e Memorias Paroquiais Setecentistas I, Viseu, paginas 199 a 202 - Viseu 2005.). A designação de Santa Luzia do Monte surge para fazer a distinção entre as festas a Santa Luzia que também se realizam nas localidades de Abraveses e de Vila Nova do Campo. A capela de Santa Luzia surge no século XVII em substituição de uma outra sob a invocação de São Gens “em cujo sítio é tradição teve S. Gens a sua capela” (Oliveira, João Nunes – Noticias e Memorias Paroquiais Setecentistas I, Viseu, páginas 199 a 202 - Viseu 2005.). Da capela de S. Gens ainda não foram encontrados vestígios arqueológicos além dos documentos escritos e como tal poderá só ter havido apenas uma substituição de orago de S. Gens por Santa Luzia. Em 1758 a Capela de Santa Luzia é assim descrita pelo padre José Mendes de Matos, pároco na Sé de Viseu, “está colocada de norte a nascente, cuja porta principal olha ao norte e atravessada ao meio dia, a outra fica nas espaldas do altar e olha a nascente e cuja fábrica é de pedra miúda e argamassa e cal. Os cunhais são de boas pedras lavradas no antigo, o altar está metido no grosso da parede que tem boas aduelas de cantaria e parede mestra é de testa lavrada e as ombreiras da porta principal são feitas ao modo Romano; não tem retábulo, o altar é todo de boas pedras lavradas; tem só a imagem da gloriosa santa que é de barro encarnado e tem na mão esquerda um prato com os olhos nele postos, e a direita quase posta em punho o que ainda mostra com se nela tivesses palma insígnia do martírio” (Oliveira, João Nunes – Noticias e Memorias Paroquiais Setecentistas I, Viseu, paginas 199 a 202 - Viseu 2005.). Desta descrição, do século XVIII, há três fatores que nos indicam que o edifício da Capela de Santa Luzia do Monte, não é o mesmo da atualidade! O primeiro fator é a posição geográfica da capela que no século XVIII nos diz que a orientação da capela era de norte para sul e a atual é de nascente para poente. O segundo é a porta principal da capela no século XVIII esta virada ao norte e a atual está virada a poente. O terceiro é a existência de duas portas no século XVIII e na atualidade só tem uma. Em 1862 Capela Santa Luzia do Monte estava em ruínas e foi “reconstruída por subscrição pública dos habitantes de Pascoal por iniciativa de António Coelho Duarte,” (Coelho, José – Memoria Viseu I, página. 428, Viseu 1941) já com a localização geográfica da atualidade. Em 1890 festa em honra de “Santa Luzia, no Outeiro do mesmo nome era feita no antecedente ao domingo de Pentecostes” (Leal, Pinho – Portugal antigo e moderno, dicionário de todas as cidades, vilas, freguesia de Portugal e grande número de aldeias, volume 12, pagina 1540, Lisboa 1890). Assim se manteve ao longo dos anos, até 1911, quando foi promulgada a Lei da Separação entre o Estado e a Igreja Católica em que a Capela de Santa Luzia do Monte passou a estar dependência na administrativa da Junta de Freguesia de Abraveses. A dependência administrativa da Junta de Freguesia de Abraveses, não foi pacífica e provocou um conflito grave entre os mordomos da capela de Santa Luzia do Monte, da localidade de Pascoal e a Junta de Freguesia de Abraveses que acabou por ser resolvido pela autoridade administrativa exterior à freguesia de Abraveses: o Administrador do Concelho de Viseu como o demonstram as atas da Junta de Freguesia de Abraveses do ano de 1914. “Não tendo comparecido o vogal da comissão transata Bernardino Vale dos Santos, de Pascoal... a fim de prestar contas da Capela de Santa Luzia do Monte e de fazer a entrega das chaves e demais pertenças da capela” extrato da ata da Junta de Freguesia de Abraveses de 08 Janeiro de 1914. Na ata seguinte descrimina-se os pertences a entregar e o fim a que se destinam “ entregar as chaves e quatro libras em ouro que um devoto deu para a capela a fim de se fazerem consertos na dita capela” – ata da Junta de Freguesia de Abraveses de 11 Janeiro de 1914. O conflito continuou e “ Pelo presidente foi comunicado que em nome da junta convocara para esta sessão o cidadão, João de Figueiredo de Pascoal e que este lhe respondera que não viria senão a mandato da autoridade administrativa” nesta mesma data a Junta de Freguesia de Abraveses oficiou ao “ Excelentíssimo Administrador do Concelho de Viseu para proceder de maneira que a junta tomasse posse administrativa da Capela de Santa Luzia do Monte”- ata da Junta de Freguesia de Abraveses de 31 Janeiro1914. O conflito só terminou em Fevereiro de 1914 com a entrega das chaves e pertences, não à Junta de Freguesia de Abraveses mas a outra entidade, “O presidente declarou que o cidadão João Figueiredo de Pascoal fizera a entrega na Administração do Concelho de Viseu da chave da Capela de Santa Luzia do Monte e de quatro libras em ouro” transcrição da ata da Junta de Freguesia de Abraveses de 08 Fevereiro de 1914. A capela de Santa Luzia do Monte foi devolvida à Paroquia de Abraveses em 22 Maio 1944, conforme consta do auto de entrega. A festa religiosa sempre animada e muito concorrida pelas localidades vizinhas do Monte de Santa Luzia, foi proibida por o Bispo de Viseu, D. José da Cruz Moreira Pinto na década de trinta do século XX, pois os mordomos desrespeitaram a proibição do bispo de fazer a festa religiosa sem foguetes. A capela ficou interdita ao culto religioso e festa acabou. O temporal seguido de ciclone no ano de 1941 levantou o telhado da capela e esta ficou ao abandono. O Pascoalense Francisco Caiado à data sacristão na igreja de Pascoal recolheu a imagem da Santa Luzia levou-a para Igreja de Pascoal assim como os restantes haveres da capela. Durante quarenta e três anos a capela esteve em ruína e num estado de total abandono. Em 1984 Capela de Santa Luzia do Monte foi reconstruída fruto do esforço da Câmara Municipal de Viseu e da Companhia dos Fornos Elétricos, entidade que explorou o quartzo no Monte de Santa Luzia entre os anos de 1961 a 1986. O edifício manteve a traça antiga com a porta principal virada a poente e apenas ganhou mais segurança mas mesmo assim já foi objeto de alguns assaltos Em Pascoal a iniciativa pertenceu ao Conselho Diretivo de Baldios de Pascoal que organizou a procissão solene que em 08 de Julho de 1984 que transportou o andor com imagem de Santa Luzia da Igreja de Pascoal para a Capela de Santa Luzia do Monte. A partir desta data a festa em honra de Santa Luzia é organizada por a Comissão Festas de Santa Luzia do Monte, e passou a fazer-se sempre no segundo domingo de Julho de cada ano. O calendário religioso celebra a festa Santa Luzia no dia 13 de Dezembro de cada ano e neste dia já foi tradição, pelo menos no século XVIII, fazer a festa no dia oficial que na atualidade caiu em desuso “é muito milagrosa como mostra o inumerável concurso que a esta ermida vem em treze de Dezembro, dia em que a igreja católica celebra o seu martírio” (Oliveira, João Nunes – Noticias e Memorias Paroquiais Setecentistas I, Viseu, paginas 199 a 202 - Viseu 2005). A festa religiosa em honra de Santa Luzia do Monte, realiza-se no segundo domingo de Julho é muito concorrida por fiéis vindos da cidade de Viseu e lugares vizinhos e tem sido assim ao longo dos anos. Texto de Delfim C. Rodrigues de Almeida Pascoal 1 Maio 2020

terça-feira, 14 de abril de 2020

ENCONTREI

Este dia ficará para mim como inesquecível porque finalmente encontrei um documento que comprova a emigração do meu bisavó materno José Rodrigues para o Brasil no final da década de 20 do seculo XX. A história é conhecida dentro da minha família materna e eu conheci-o pessoalmente quando ele regressou a Portugal em 1976 mas não tinha qualquer documento que pudesse mostrar que ele emigrou aos seus bisnetos e tetranetos. A minha avó materna Cecília Rodrigues Fernandes filha de José Rodrigues e Laura Lopes Fernandes contou-me verbalmente por que motivo não seguiu viagem para o Brasil com o seus pais e irmãs, mas de documentos nada encontrei. Cheguei a falar com o Sr. Manuel (Brasileiro) que viveu com ele no estado do Rio de Janeiro no Brasil pois um seu irmão era casado com uma filha do meu do bisavó José Rodrigues. Tudo estava certo mas faltavam os documentos. Decidi-me a tentar encontrar nos registos dos passaportes do Governo Civil Do Distrito de Viseu que estão online no site do Arquivo Distrital de Viseu mas a informação é imensa desde o final do seculo XIX até a década de 70 do seculo XX. Começar onde? Pelas informações da minha avô teria sido na década de 20 do seculo XX. Ao encontrar o registo de batismo do meu bisavó nos registos paroquias de Abraveses encontrei uma referência na lateral do registo que diz cédula 1924. Decidi-me a procurar desde o dia 1 janeiro 1924 e procurei milhares de passaportes só dava importância ao concelho e a freguesia e encontrei no ano de 1928. De tantos documentos consultados mesmos que online o cansaço já começava a fazer-se sentir e eis que encontrei. ////////////////////////////////////////////// Nota 19 do caderno de notas para a historia de Pascoal Volume VIII em 14 Abril 2020

quinta-feira, 12 de março de 2020

VIVER PARA CONTÁ-LA - 40º ANIVERSARIO DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL RECREATIVA E SOCIAL DE PASCOAL

“A vida não é o que cada um viveu, mas o que recorda e como a recorda para contá-la” - Gabriel Garcia Marques. ////////////////// As minhas recordações vividas na Associação Cultural Recreativa e Social de Pascoal (ACRSP) ao longo dos 37 anos entre 1983 e 2020 e foram marcadas por momento de exaltação coletiva. Em junho de 1983 integrei como vogal a primeira direção da ACRSP presidida pelo Abílio Correia Esteves. Eu era um jovem com 18 anos ia fazer 19 em Julho e em mim cabiam todos os sonhos do mundo. Em setembro 1983 com ajuda da direção fundei um jornal com o nome Culturando e no qual publiquei o primeiro texto sobre a historia de Pascoal com o titulo Apascal o qual me orgulho de dizer que 37 anos depois tudo o que escrevi estava certo e só me enganei num verbo “Pascoal deveria pertencer a Sé de Viseu” devia ter escrito pertenceu a Sé de Viseu até ao inicio do seculo XIX. Foram dias muito cheios de emoções com a continuação do jornal Culturando (que ao longo dos anos teve três nomes, Culturando; Pascoal Hoje; e Voz de Pascoal), abertura do bar na sede da ACRSP todos os dias e obras na sede com vidros nas janelas, ténis de mesa e futebol e muitos bailes (ver documento 1 em anexo). Os dias continuaram cheios e em novembro 1984 na ata número um lá esta o jovem agora com vinte anos a assinar a primeira ata (ver documento 2 em anexo) e já como secretario da comissão administrativa presidida pelo Carlos Lopes de Jesus. Meses depois a 5 janeiro 1985 no largo do Rossio na realização do I encontro de Cantadores de Janeiras de Pascoal um encontro que ainda hoje se realiza (ver documento 3 em anexo). Bons momentos de realização cultural e musical este dia ficou marcado para sempre pela boas atuações de terem atuado dos grupos de cantadores de janeiras de Pascoal um ligado ao grupo coral da igreja e ou de jovens da ACRSP e do jantar oferecido um arroz a valenciana feito na cidade de Viseu pois a ACRSP naquela altura não tinha condições para o realizar. Fui eu que organizei o primeiro encontro de cantadores de Janeiras de Pascoal em conjunto com o INATEL e devo destacar o animador Luís Filipe da localidade vizinha de Orgens que lá trabalhava e para ver como se realizava no dia 1 de janeiro de 1985 fui com o amigo Luís Filipe a Moimenta da Beira ver como se organizava e recordo que fui a dormir todo o caminho pois saímos ás 10 horas da manha do dia 1 janeiro tendo passado a noite anterior sem dormir a juventude tudo permite. Em 1994 assumi a presidência da direção com um objetivo de organizar uma festa convívio da família socialista onde esteve presente o ministro da obras públicas o Dr. Jorge Coelho nunca a associação esteve tão repleta de gente mais 300 pessoas apinhadas em cima do palco e no salão para conviver e comer o porco no espeto. Durante vários anos fui servindo a associação em diversos cargos na direção, conselho fiscal e presidente da mesa da assembleia geral mas o que me deu mais prazer foi o de presidente da assembleia geral. E vou recordar os estatutos de 1980 muito sumários e regulamento interno aprovado em 1987 e que serviu de guia para os sócios e as assembleias gerais até 2000. Entre os sócios da ACRSP não havia ninguém com formação jurídica e recordo as divergências e as convergências sobretudo com o Carlos Lopes de Jesus mas no final ambos desejávamos o mesmo o melhor para a ACRSP. Em 1998 começa-se a pensar na vertente social e houve necessidade de alterar o nome de Associação Cultural Recreativa de Pascoal para Associação Cultural Recreativa e Social de Pascoal e na assembleia geral houve três propostas para mudança de nome e a que eu propôs saiu vencedora e começava-se a fazer o caminho para as obras que levaram a construção da nova sede onde está o centro dia a creche e apoio domiciliário. Em 2005 voltei a assumir a presidência da direção com o objetivo de dar início ao sonho de concretizar a obra de caracter social. Comecei por convocar os sócios e criar uma comissão de obras constituída: por Agnelo Silva Sá; Dionísio Teodósio Afonso; Abílio Marques Rodrigues; Manuel Ferreira Almeida; Carlos Alberto Esteves Aparício e por inerência o presidente da direção. Lançamos um comunicado a população de Pascoal em janeiro 2006 a dizer o que desejávamos fazer. Foi tempo do sonho e eu não devo esquecer a companhia do Sr. Agnelo Silva Sá presidente do conselho diretivo baldios de Pascoal e das dificuldades que ambos atravessamos e um dia ao sair da Camara Municipal de Viseu e perante as dificuldades lhe sugeri para abandonarmos o sonho e o projeto ele me respondeu que não tínhamos que ir em frente e fomos. Houve outros companheiros que acreditaram neste sonho e ajudaram a concretiza-lo como socio Manuel Ferreira Almeida da comissão obras; António Lopes Marques-presidente da junta freguesia do Campo; Agnelo Silva Sá presidente do conselho diretivo de Baldios de Pascoal, o Carlos Alberto Almeida Durão, tesoureiro do conselho diretivo de Baldios de Pascoal o Herminio Almeida Durão da Junta Freguesia Abraveses; João Romão Pereira, tesoureiro ACRSP e o Miguel Ginestal a quem estou eternamente grato pelo apoio desde a primeiro encontro para falarmos do projeto social no hotel Montebelo me disse “ faz o teu trabalho e não te preocupes”. Devo-me ter esquecido de alguém que ajudou mas não me vou esquecer daqueles que desde a primeira hora de forma encapotada tentaram bloquear o projeto e esses estão sem qualquer rodeio os políticos e dirigentes associativos de Abraveses e um membro da assembleia de freguesia de Abraveses que representava Pascoal e que votou contra a venda um baldio para financiar a obra social uma exceção que muito o honra para o presidente da Junta Freguesia de Abraveses Jorge Manuel Sousa Mota que desde a primeira conversa a três (eu, presidente junta e presidente baldios) em casa do Sr. Agnelo Silva Sá sempre esteve de acordo com o projeto. Devo honrar o Carlos Lopes Jesus entre outos que eram contra o local da construção mas de acordo com o projeto social (ver documento 5 em anexo). Vivi ao longo deste anos momentos muito bons dentro da ACRSP, mas outos dirão por detrás das costas que também os houve menos bons a esses direi que para perceberem as minhas decisões terão de calçar as minhas botas para saberem o porquê. Sim porque foi com essas botas que me permitiram jogar, dançar e estar na ACRSP e com elas que bati a porta do INATEL, da Camara Municipal de Viseu; do Governo Civil do Distrito de Viseu, dos serviços da Segurança Social, que me levaram ao hotel Montebelo e a muitas casas particulares a pedir apoios para a nossa ACRSP. Estas notas curtas por ocasião do quadragésimo aniversario da Associação Cultural Recreativa e Social de Pascoal para dizer com emoção e gosto “valeu a pena” viver para contá-la. Socio nº 159 em 1983 e em 2020 socio nº46./////////////////////////////////////////////////// Nota 14 do caderno de notas para a historia de Pascoal volume VIII publicada em 2 Março 2020

domingo, 8 de março de 2020

EMENTAR DAS ALMAS EM PASCOAL

EMENTAR DAS ALMAS EM PASCOAL Um grupo Pascoalenses recuperou o cantar tradicional de Ementar as Almas durante a quaresma pelas ruas de Pascoal. Esta tradição já não se realizava a mais de cinquenta anos. Um dos elementos do grupo o Fernando Rodrigues Ferreira fez a recolha dos versos que ensaiámos e com a coragem lá fomos cantar pelas ruas e mostar aos mais novos como se fazia o ementar das almas em Pascoal. Nesta dia tive a oportunidade de falar com o sr. Jose Mesquita Ramos hoje com 75 anos, que cantou na sua juventude o ementar das almas e que me explicou se fazia e inclusive cantou o verso “O oliveira bendita…” que também faz parte da recolhas do Fernando R. Ferreira. ////////////////////////// Nota 16 do caderno de notas para historia de Pascoal volume VIII em 06 Março 2020
Fotografia do grupo de Ementar Almas de Pascoal em frente a Igreja de Pascoal da esquerda para a direita no primeira fila: Nelson Marques; Custodio Durão; Abílio Caiado; Fernando Sá; Alfredo Coutinho e Aires Melo. Segunda fila- Delfim Almeida; Almiro Almeida, Fernando R. Ferreira, Jorge Paulo Almeida; Paulo Lopes.

NOTAS DE LEITURA DO LIVRO "OS DOIS PREC`S NO DISTRITO DE VISEU" DE JAIME GRALHEIRO

Li com gosto e atenção o livro de Jaime Gralheiro “Os dois Prec`s no distrito de Viseu – Memorias de uma guerra quase pessoal” uma edição das Edições Esgotadas – Viseu 2011, num empréstimo do amigo Paulo Galveias. A personalidade de Jaime Gralheiro não me era desconhecida pela minha paixão pela política e habituei-me a admirá-lo pelas sua convicções políticas diferentes das minhas e pelo gosto pelo teatro. O livro é um típico livro de memorias sobre os tempos difíceis dos anos sessenta e setenta do seculo XX. Transmite no livro as sua memorias de como foi abordado para colaborar com o regime político do Estado Novo (1926 a 1974) como evoluiu para o MDP/CDE e mais tarde para a CDU. No livro diz-nos que nada sabia da revolução do 25 Abril 1974 e de como se tornou presidente da Camara Municipal de São Pedro do Sul e das dificuldades que teve devido ao cerco político de PS, PSD, e CDS. Segundo as sua palavras a luta política foi dura e muitas vezes chegou a confrontação física pondo em risco a sua vida e da sua família por defender ideias comunistas. Manteve a sua frontalidade de ideias durante o resto da sua vida. Gostei da leitura para conhecer melhor como foram esses dias em brasa de 25 Abril 1974 a 25 de Novembro de 1975 o tempo do PREC que para Jaime Gralheiro foram dois e não um. ///////////////////////// Nota 15 do caderno de notas para a historia de Pascoal volume VIII em 5 de Março 2020

domingo, 2 de fevereiro de 2020

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO - MONTE HABITADO NO MUSEU QUARTZO NO MONTE SANTA LUZIA

Estive presente na inauguração da exposição “Monte Habitado – Viver no Castro Santa Luzia há 3000 anos” no museu do Quartzo no Monte de Santa Luzia. A exposição é didática no sentido de perceber como se vivia no Castro de Santa Luzia entre o seculos XI e VIII a.C. Diversos painéis explicam como se vivia e são complementados por achados arqueológicos encontrados no castro de Santa Luzia. Durante a exposição chamei a atenção da responsável da exposição a Dra. Lília Basílio para um erro no segundo painel onde se faz a caracterização do castro e se refere aos rios da sua envolvente onde as gentes do castro iam buscar água como ribeira de Minde e Quintela o nome Minde está mal é ribeira de Mide que passa entre as localidades de Pascoal e Abraveses e nasce a norte do Monte de Santa Luzia. O castro Santa Luzia foi objeto de escavações nos anos 80 do seculo XX por três arqueólogos: João Luís Inês Vaz; Alberto Correia; e monsenhor Celso Tavares da Silva, dos três só um está vivo Dr. Alberto Correia que também esteve presente na inauguração. Lembro-me de nos anos 80 do seculo XX subir a pé ao Monte de Santa Luzia para observar as escavações. Hoje mais de quatro décadas passadas, voltei a subir ao Monte de Santa Luzia a pé não para ver as escavações para assistir a inauguração de uma exposição que mostra o resultado das escavações. Foi mais difícil porque as forças começam a faltar mas subir ao Monte de Santa Luzia admirar a paisagem respirar o seu ar puro e pensar a sua história é um dia especial. /////////////////////////// Nota publicada no caderno de notas para a historia de Pascoal com numero 13 no volume VIII em 2 fevereiro de 2020