quinta-feira, 12 de março de 2020

VIVER PARA CONTÁ-LA - 40º ANIVERSARIO DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL RECREATIVA E SOCIAL DE PASCOAL

“A vida não é o que cada um viveu, mas o que recorda e como a recorda para contá-la” - Gabriel Garcia Marques. ////////////////// As minhas recordações vividas na Associação Cultural Recreativa e Social de Pascoal (ACRSP) ao longo dos 37 anos entre 1983 e 2020 e foram marcadas por momento de exaltação coletiva. Em junho de 1983 integrei como vogal a primeira direção da ACRSP presidida pelo Abílio Correia Esteves. Eu era um jovem com 18 anos ia fazer 19 em Julho e em mim cabiam todos os sonhos do mundo. Em setembro 1983 com ajuda da direção fundei um jornal com o nome Culturando e no qual publiquei o primeiro texto sobre a historia de Pascoal com o titulo Apascal o qual me orgulho de dizer que 37 anos depois tudo o que escrevi estava certo e só me enganei num verbo “Pascoal deveria pertencer a Sé de Viseu” devia ter escrito pertenceu a Sé de Viseu até ao inicio do seculo XIX. Foram dias muito cheios de emoções com a continuação do jornal Culturando (que ao longo dos anos teve três nomes, Culturando; Pascoal Hoje; e Voz de Pascoal), abertura do bar na sede da ACRSP todos os dias e obras na sede com vidros nas janelas, ténis de mesa e futebol e muitos bailes (ver documento 1 em anexo). Os dias continuaram cheios e em novembro 1984 na ata número um lá esta o jovem agora com vinte anos a assinar a primeira ata (ver documento 2 em anexo) e já como secretario da comissão administrativa presidida pelo Carlos Lopes de Jesus. Meses depois a 5 janeiro 1985 no largo do Rossio na realização do I encontro de Cantadores de Janeiras de Pascoal um encontro que ainda hoje se realiza (ver documento 3 em anexo). Bons momentos de realização cultural e musical este dia ficou marcado para sempre pela boas atuações de terem atuado dos grupos de cantadores de janeiras de Pascoal um ligado ao grupo coral da igreja e ou de jovens da ACRSP e do jantar oferecido um arroz a valenciana feito na cidade de Viseu pois a ACRSP naquela altura não tinha condições para o realizar. Fui eu que organizei o primeiro encontro de cantadores de Janeiras de Pascoal em conjunto com o INATEL e devo destacar o animador Luís Filipe da localidade vizinha de Orgens que lá trabalhava e para ver como se realizava no dia 1 de janeiro de 1985 fui com o amigo Luís Filipe a Moimenta da Beira ver como se organizava e recordo que fui a dormir todo o caminho pois saímos ás 10 horas da manha do dia 1 janeiro tendo passado a noite anterior sem dormir a juventude tudo permite. Em 1994 assumi a presidência da direção com um objetivo de organizar uma festa convívio da família socialista onde esteve presente o ministro da obras públicas o Dr. Jorge Coelho nunca a associação esteve tão repleta de gente mais 300 pessoas apinhadas em cima do palco e no salão para conviver e comer o porco no espeto. Durante vários anos fui servindo a associação em diversos cargos na direção, conselho fiscal e presidente da mesa da assembleia geral mas o que me deu mais prazer foi o de presidente da assembleia geral. E vou recordar os estatutos de 1980 muito sumários e regulamento interno aprovado em 1987 e que serviu de guia para os sócios e as assembleias gerais até 2000. Entre os sócios da ACRSP não havia ninguém com formação jurídica e recordo as divergências e as convergências sobretudo com o Carlos Lopes de Jesus mas no final ambos desejávamos o mesmo o melhor para a ACRSP. Em 1998 começa-se a pensar na vertente social e houve necessidade de alterar o nome de Associação Cultural Recreativa de Pascoal para Associação Cultural Recreativa e Social de Pascoal e na assembleia geral houve três propostas para mudança de nome e a que eu propôs saiu vencedora e começava-se a fazer o caminho para as obras que levaram a construção da nova sede onde está o centro dia a creche e apoio domiciliário. Em 2005 voltei a assumir a presidência da direção com o objetivo de dar início ao sonho de concretizar a obra de caracter social. Comecei por convocar os sócios e criar uma comissão de obras constituída: por Agnelo Silva Sá; Dionísio Teodósio Afonso; Abílio Marques Rodrigues; Manuel Ferreira Almeida; Carlos Alberto Esteves Aparício e por inerência o presidente da direção. Lançamos um comunicado a população de Pascoal em janeiro 2006 a dizer o que desejávamos fazer. Foi tempo do sonho e eu não devo esquecer a companhia do Sr. Agnelo Silva Sá presidente do conselho diretivo baldios de Pascoal e das dificuldades que ambos atravessamos e um dia ao sair da Camara Municipal de Viseu e perante as dificuldades lhe sugeri para abandonarmos o sonho e o projeto ele me respondeu que não tínhamos que ir em frente e fomos. Houve outros companheiros que acreditaram neste sonho e ajudaram a concretiza-lo como socio Manuel Ferreira Almeida da comissão obras; António Lopes Marques-presidente da junta freguesia do Campo; Agnelo Silva Sá presidente do conselho diretivo de Baldios de Pascoal, o Carlos Alberto Almeida Durão, tesoureiro do conselho diretivo de Baldios de Pascoal o Herminio Almeida Durão da Junta Freguesia Abraveses; João Romão Pereira, tesoureiro ACRSP e o Miguel Ginestal a quem estou eternamente grato pelo apoio desde a primeiro encontro para falarmos do projeto social no hotel Montebelo me disse “ faz o teu trabalho e não te preocupes”. Devo-me ter esquecido de alguém que ajudou mas não me vou esquecer daqueles que desde a primeira hora de forma encapotada tentaram bloquear o projeto e esses estão sem qualquer rodeio os políticos e dirigentes associativos de Abraveses e um membro da assembleia de freguesia de Abraveses que representava Pascoal e que votou contra a venda um baldio para financiar a obra social uma exceção que muito o honra para o presidente da Junta Freguesia de Abraveses Jorge Manuel Sousa Mota que desde a primeira conversa a três (eu, presidente junta e presidente baldios) em casa do Sr. Agnelo Silva Sá sempre esteve de acordo com o projeto. Devo honrar o Carlos Lopes Jesus entre outos que eram contra o local da construção mas de acordo com o projeto social (ver documento 5 em anexo). Vivi ao longo deste anos momentos muito bons dentro da ACRSP, mas outos dirão por detrás das costas que também os houve menos bons a esses direi que para perceberem as minhas decisões terão de calçar as minhas botas para saberem o porquê. Sim porque foi com essas botas que me permitiram jogar, dançar e estar na ACRSP e com elas que bati a porta do INATEL, da Camara Municipal de Viseu; do Governo Civil do Distrito de Viseu, dos serviços da Segurança Social, que me levaram ao hotel Montebelo e a muitas casas particulares a pedir apoios para a nossa ACRSP. Estas notas curtas por ocasião do quadragésimo aniversario da Associação Cultural Recreativa e Social de Pascoal para dizer com emoção e gosto “valeu a pena” viver para contá-la. Socio nº 159 em 1983 e em 2020 socio nº46./////////////////////////////////////////////////// Nota 14 do caderno de notas para a historia de Pascoal volume VIII publicada em 2 Março 2020

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