Espaço de divulgação da historia e cultura da localidade de Pascoal, no concelho de Viseu em Portugal. Da autoria e responsabilidade de Delfim Carlos R. Almeida
sábado, 3 de junho de 2017
NOTAS DE LEITURA DO LIVRO "VISEU-SÃO JOSÉ , HISTORIA,MEMORIA E PATROMONIO
Terminei a leitura do livro “Viseu – São José – Historia, Memoria e Património da autoria de António Vicente de Figueiredo, editado por a Freguesia de Viseu em 2017 e fiquei desiludido. Ao longo das mais trezentas paginas para uma monografia da freguesia de São José a mais jovem das três freguesias da cidade de Viseu constituída em 1958 a desilusão foi o que acompanhou desde as primeiras paginas até às últimas. Foi desilusão porque esperava uma leitura onde encontra-se a história de São José desde a sua origem a sua constituição e a sua afirmação como freguesia que ajudou a dinamizar a cidade de Viseu. O que encontrei um livro muito denso com um texto difícil de compreender mas muita informação fotográfica mas que pouco me elucidou sobre a história da freguesia de São José.
Vamos então às notas que retirei:
Pagina 49 e 50 onde faz referência a um acontecimento sobre a guerra civil que ocorreu em Portugal tendo de ambos os lados partidários de D. Miguel e D. Pedro que em Viseu teve acontecimentos trágicos entre os quais levou a morte do cura de Abraveses na primeira metade do seculo XIX.
Pagina 141 onde está publicação do decreto-lei nº 42.040 que constitui as três freguesias de São José, Santa Maria e Coração de Jesus.
Do que não gostei e os erros que encontrei:
Na página 140 “A freguesia de São José foi constituída em 1958 desmembrada da freguesia Oriental de Viseu” o que leva o leitor a induzir em erro. A freguesia de São José foi constituída em 1958 do desmembramento das freguesias de Abraveses e Oriental de Viseu. A título de exemplo Esculca, Santigo e Aguieira eram freguesia de Abraveses até 1958.
Na página 62 “ vindo assumir o poder o General Óscar Carmona (1669-1951) ” devia-se ler 1869 a 1951 e no mesmo parágrafo “que depois será eleito em 25 de Março 1928” foi presidente da república entre 16-11-1926 a 18-4-1951.
Na página 147 diz “ em Janeiro 1976 presidia a Junta Freguesia de São José o cidadão Jorge Manuel Ferreira de Sousa” na página 149 presidentes de Junta da Freguesia de São José “ Presidente António Esteves Oliveira Júnior mandato 02/01/1972 a 08/01/1975” e “Presidente Júlio Correia de mandato de 09/01/1975 a 17/01/1977”,em que ficamos Jorge Manuel Ferreira Sousa foi ou não presidente da Junta de Freguesia de São José?
Na página 164 “fazem referência a descoberta do Dr. José Coelho em 1898”, sendo que o Dr. José Coelho nasceu a 1887 e licenciou-se em 1912 em ciências históricas e geográficas seria que com 11 anos já fazia escavações?
Na mesma página “ José Perdigão, republicano e pai do Dr. José Azeredo Perdigão que doou ao povo da Esculca os terrenos onde se viria a construir a Capela de São Pedro”- mais a frente diz-nos na página 163 que “Capela de São Pedro instituída pela Irmandade São Pedro de 1697” sendo que o José Perdigão viveu entre 1879 a 1940 como deu o terreno onde se viria a construir a Capela São Pedro!
Na página 165 “ a Esculca integrava a freguesia de Abraveses. Só veio a ser anexada a São José em 1958 pelo decreto-lei 42.040” a localidade da Esculca pertencia a freguesia de Abraveses até ao ano 1958 e integrou desde o início a freguesia de São José e não veio a ser anexada.
Na pagina 316 na bibliografia “Lobo 1995” – significa o quê?
Como já afirmei o texto é de difícil leitura como por exemplo:
Na página 104 mostra o cemitério novo de Viseu e o novo crematório de Viseu com fotografias mas nada diz por exemplo onde procurar informação sobre os óbitos dos residentes na actual freguesia de São José. A título de exemplo para a Esculca, Santiago, Aguieira tem que se procurar até 1857 na freguesia Oriental de Viseu, entre 1857 e 1958 na freguesia de Abraveses e posterior a 1958 até a atualidade na freguesia de São José.
Nas páginas 55 a 64 sobre o título “1.6 Da implantação da Republica á actualidade fala com pormenor da República (1910 a 1926) do Estado Novo (1926 a 1974) e termina com estas palavras “O fim do Estado Novo era eminente, foi só uma questão de tempo” e sobre o período de democracia de 1974 a 2017 nem uma palavra! Medo de explicar a democracia porquê?
Na página 147 mais parece o que a revolução de 25 Abril 1974 só teve como único beneficio para a freguesia de São José o aumento dos funcionários da junta freguesia o escrivão o servente e empregada de limpeza. Muito redutor.
Na página 298 sobre o título “Actividade Senior” O programa da atividade sénior é organizado pela Camara Municipal de Viseu …Em 1911 teve lugar o primeiro tour velocipédico Lisboa – Porto e 1927 a 1ª Volta a Portugal em Bicicleta”. Como leitor fiquei baralhado o que é o ciclismo tem a ver com a actividade sénior.
Para terminar este exemplo da actividade senior serve de exemplo para a necessidade elogiar todas a actividades realizadas pela Camara Municipal de Viseu e Junta Freguesia de São José nas últimas três décadas misturando-lhe quanto baste um pouco de história. Redutor e propagandístico pago com o dinheiro dos fregueses de São José, Santa Maria e Coração de Jesus agora reunidas na denominada freguesia de Viseu.
Durante a leitura várias vezes me lembrei que mais parecia estar a ler uma revista tipo a da feira de São Mateus ou um boletim de editado pela Camara Municipal de Viseu para elogiar as obras realizadas.
Baralhado e com a sensação de que o livro ser redutor em muitos capítulos e propagandístico foi como fiquei no final da leitura do livro
Um agradecimento a quem me facultou a leitura deste livro o amigo Paulo Galveias.
////////////////////////////////////Nota 8 publicada no Caderno Notas para Historia de Pascoal em 23 Maio 2017
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário