terça-feira, 29 de agosto de 2017

NOTAS DE LEITURA DO LIVRO "VISEU-SANTA MARIA - HISTORIA, MEMORIA E PATRIMONIO"

A leitura do livro “Viseu – Santa Maria – Historia, Memoria e Património” da autoria de António Vicente de Figueiredo veio confirmar a desilusão que foi a leitura do livro “Viseu – São José – Historia, Memoria e Património” do mesmo autor. Erros, repetição na mesma página de parágrafos inteiros, citações sem ter o nome do autor e muito mais que em seguida se vai enumerar página a página. De todas as trezentas páginas apenas uma informação mereceu um destaque a ligação do cónego Gaspar Barreiros ao Convento São Francisco do Monte. Vamos a enumeração dos erros: Pagina 18 – “população da freguesia de Santa Maria nos Censos 1911” o que não é verdade porque a freguesia de Santa Maria só foi instituída em 1958. Este é um erro simpático onde está 1911 deveria estar 2011. Pagina 88 – Presidentes da Camara Municipal de Viseu “ Lino Rodrigues – eleito pelo CDS entre 1974 e 1976” mais um erro. Lino Rodrigues foi presidente da Camara Municipal de Viseu entre 1974 e 1976 mas não eleito pelo CDS pois a primeiras eleições autárquicas ocorreram em 12 dezembro 1976. Pagina 133 – Dois parágrafos repetidos na mesma página. Este erro não é de simpatia mas sim grosseiro para encher páginas de texto. Pagina 133 – “ Jerónimo Braga” quando é Jerónimo Bravo que doou os seus bens a Santa Casa Misericórdia de Viseu para manutenção do Hospital da Chagas edifício onde hoje está a PSP em Viseu. Pagina 146 – “no Asilo de Lamego inaugurado em 1868” e no parágrafo seguinte nos “Asilo de Lamego inaugurado em 1968”. Mais um erro simpático. Pagina 158 – “Planta da cidade de Viseu 1864 que reproduzimos”, li o livro todo e não encontrei a planta da cidade de Viseu de 1864. Este erro é de omissão da referida planta. Pagina 162 – Varias citações em letra diferente do texto principal sem o número a remeter para a bibliografia. Pagina 164 – No topónimo “Largo de Santa Cristina” junta informações sobre o Largo Santa Cristina e sobre a Rua Nunes de Carvalho, sendo que o Largo Santa Cristina não tem qualquer ligação com a referida Rua Nunes de Carvalho. Houve esquecimento de fazer um parágrafo e um título para Rua Nunes de carvalho. Pagina 167 – Rua João de Barros com letra diferente sendo uma citação não tem número que remeta para a bibliografia. Pagina 169 – Rua do Comercio (rua Dr. Luís Ferreira), volta a ter letra diferente fazendo um citação sem número que remeta para a bibliografia. Dentro deste título mistura informação sobre a Rua Formosa. Pagina 171 – Avenida Capitão Silva Pereira fala sobre a abertura da rua na primeira metade do seculo XX mas nada nos diz sobre a personalidade do capitão Silva Pereira. Muito redutor. Pagina 181 – “Rua Dr. Luís Ferreira de Figueiredo” – a rua Dr. Luís Ferreira Figueiredo não existe. Existe sim a Rua Dr. Luís Ferreira também conhecida por Rua do Comercio cujo topónimo já tinha sido abordado na pagina 169. Voltar a falar da mesma rua e ainda com erros só leva o leitor a ficar confuso. Pagina 235 – “O brasão que está a encimar o arco da igreja (armas de Russel Cortez) ”- Russel Cortez foi diretor do Museu Grão Vasco. Como poderia ter uma pedra com brasão no arco da igreja do Seminário em Viseu. O brasão é de Ricardo Russel bispo de Viseu entre 1685 e 1693. Pagina 257 – “No ano de 1915 procedeu-se a instalação do Museu Grão Vasco no paço dos três escalões”. O Museu Grão Vasco fundado em 1916 só ocupou o paço dos três escalões no ano de 1938 e entre 1916 e 1938 este instalado na Sé de Viseu. Pagina 259 – Omite a grandes obras realizadas no Museu Gão Vasco entre 2001 e 2003 falando só nas obras de 1955. Falar do Museu Grão Vasco e não falar das obras de 2001-2003 é redutor, não interessando qual foi o ministro ou o governo que as mandou realizar o que nos interessa e saber que temos um museu moderno e com boas instalações graças a essas obras. Pagina 297 – “Em finais do seculo XVIII sendo bispo de Viseu D. Francisco Monteiro Pereira Azevedo decidiu erigir cinco curatos…”. A decisão do bispo D. Francisco Monteiro Pereira Azevedo ocorreu em 1808 no princípio do seculo XIX e não no final do seculo XVIII. Pagina 298 e 299 – repete por três vezes que a única pia batismal e onde se realizavam os casamentos era na Sé de Viseu, quando bastava dizer que a partir de 1889 as freguesias de Abraveses, Orgens, São Salvador, Ranhados e Rio de Loba passaram a ter autonomia para realizar batizados e casamentos. Foi uma leitura difícil e uma total desilusão. Esta leitura mesmo com as dificuldades e erros que se descreveram foi possível graças ao amigo Paulo Galveias que disponibilizou o livro para leitura. /////////////////Nota - 12, publicada no Caderno de Notas para a Historia de Pascoal(CNHP) volume VII em 07 Julho 2017

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