LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA
A
localidade de Pascoal, situa-se na freguesia de Abraveses da qual dista dois
quilometros da sua sede, no concelho de Viseu distando quatro quilómetros da
sua sede e desde 29 de Março de 1999 faz parte integrante do perimetro urbano da
cidade de Viseu.
Pascoal,
tem como limites naturais a Norte o Monte de Santa Luzia a Este a Serra do
Crasto a Oeste a Ribeira de Mide a Sul a veiga que termina na localidade de
Quintela de Orgens. Os seus terrenos são fertilizados por duas ribeiras: a
ribeira de Pascoal que atravessa a localidade de Pascoal de Norte para Sul e a
Ribeira de Mide de Oeste para Sul, “ribeira de Mide passa entre as aldeias de
Abraveses e Pascoal e desagua no Rio Pavia e move no Inverno alguns moinhos de
pão”, (Leal, Pinho – 1890) ainda no limite de Pascoal estas duas ribeiras
juntam-se e dão origem a uma só ribeira que depois segue por Quintela de Orgens,
São Martinho e Travassós de Orgens, até encontrar o Rio Pavia. O subsolo de
Pascoal é rico em volfrâmio muito explorado durante a Segunda Guerra Mundial
-1939-1945, e “ há no Monte Santa Luzia jazidas de maganez, simplesmente
registadas e pedreiras inesgotáveis de seixo” (Leal, Pinho – 1890) e quartzo
explorado até finais dos anos oitenta do século XX. O engenho e a arte das
gentes de Pascoal que revolveram a terra agreste transformaram-na em campos agrícolas
de muito boa produção, sendo de destacar que a localidade de Pascoal é a ultima
localidade a Este da Região Demarcada do Vinho do Dão e se inicia na localidade
visinha de Moselos a Região dos Vinhos Verdes de Lafões.
A
origem do povoamento remonta a proto-história em particular á Idade do Bronze,
pois Pascoal situa dentro de um triângulo de Castros habitados na Idade do Bronze:
Castro de Santa Luzia, Castro da Senhora do Crasto e cidade de Viseu já
habitada na Idade do Bronze. O castro de Santa Luzia situa-se na localidade de
Pascoal. Mais tarde devido a sua privilegiada localização os Romanos fizeram
passar por Pascoal a Via Romana que saia de Viseu e ia entroncar algures com a
Via Olisipo – Bracara Augusta. A referência mais antiga em documentos escritos
remonta ao século XII, pois nas Inquirições Gerais de D. Afonso III – (Coelho,
Jose-1945), Pascoal já está mencionado como uma localidade que fica na base do
Monte de Santa Luzia. No século XVIII era assim descrita “ está este povo
situado nas faldas da Serra do Crasto ao comprido do vale que começa com o
vizinho rio, nas tapadas acima mencionadas ao norte e quase termina ao sul,
conta de trinta e dois fogos, tem muito boas casas de singular pedra da dita
Serra do Crasto que é a mais fina e branca que se conhece de toda a antiga Lusitânia
e tem pastos abundantes com muitos gados lanígeros e caprinos e uma grandiosa
fonte ao lado nascente com umas grandes Lages perto da sua represas de pedra
que serve de uso comum ao povo e para beberem os gados do lugar” – (Dicionário Geografico-1758).
No século XX era assim descrita: “ a aldeia de Pascoal fica a esquerda da
estrada nacional – 16, com varandinhas de madeira, calcadas á Portuguesa, umas
alminhas pintadas, bons dias de gente, hortas muito cuidadas, guardadas por
sebes – (Correia, Alberto1981).
Cada
visitante terá as suas memórias sobre Pascoal e poderá enriquece-las ainda mais
se tiver oportunidade de subir ao Monte de Santa Luzia e de lá olhar com os
olhos de uma águia-real sobre a localidade de Pascoal lá vem no fundo do vale
assim como um novo olhar sobre a cidade de Viseu
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