quinta-feira, 3 de outubro de 2019

CRIME DA POÇA DAS FEITICEIRAS

Terminei a leitura do romance "O crime da poça das feiticeiras" da autoria de Paulo Bruno Alves e gostei do romance. Este romance historico descreve o crime ocorrido na Quinta São Caetano em 17 de Julho 1925 em que foi assassinado João Alves Trindade e foram condenados Claudino Ribeiro e Silvina Trindade Ribeiro genro e filha do assassinado. Este crime faz parte do meu imaginário, durante décadas ouvi falar dele na cidade de Viseu sendo a versão popular os verdadeiros assassinos não foram os que foram condenados. A versão popular diferente da Justiça diz que foi o caseiro conhecido por "homem dos bigodes" e familiares deste foram os autores do crime.O povo muitas vezes sabe o que justiça também sabe mas não se consegue provar. O que também se soube num segundo processo o homem dos bigodes acabou condenado a uma pena leve por encobrimento de provas e falso testemunho. A cidade Viseu a freguesia de Ranhados viveram anos muito alvoroço e divisões por causa deste crime. Na cidade ainda se contam uma celebre frase proferida durante o julgamento "O senhor é Loureiro e põe-se a porta das tabernas" e na resposta "o senhor é Mário". Este dialogo foi entre os advogados Marques Loureiro (advogado dos condenados Claudino Ribeiro e Silvina Trindade Ribeiro) e Mário Barroso (advogado dos irmãos do Claudino Ribeiro). Ficaram muitas pontas soltas deste crime que ainda hoje não tem resposta objectiva mas uma pergunta deve ser feita a quem beneficiou do crime? Aos irmãos do Claudino Ribeiro que lhe herdaram a fortuna o seu advogado Mário Barroso e ao homem do bigodes que lavou a honra de uma violação de uma filha que foi consumada pelo assassinado João Alves Trindade. Este crime mal resolvido ainda marca o imaginário da cidade de Viseu e da freguesia de Ranhados e a quase um século de distância da ocorrência do crime este livro do Paulo Bruno Alves ajudou a esclarecer de forma romanceada.///////////////////Este livro foi mais um empréstimo do amigo Paulo Galveias.